Copa Brasil Outdoor – 21km – Pico das Cabras 06/08/2017

Acordei às 4:15 da manhã de um Domingo, para me encontrar com a Naty na Zona Norte e partirmos pra Joaquim Egídio. Chegando lá, foi tudo bem rápido, pegamos nossos kits, fomos ao banheiro, voltamos pro carro para guardar as blusas e quando vi, já era hora de aquecer e alinhar.

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Tava bem meio frio antes da largada, então eu não via a hora de sair correndo logo. Mas foi dar a largada e o calor começou a pegar.

A CBO 21km – Pico das Cabras teve um perfil altimétrico que começou descendo bastante pra terminar no fim da subida. Particularmente, não é meu tipo preferido de prova. Prefiro me matar na subida no começo e ir rolando no final. Quem no prefere? hahaha

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Mesmo assim, fui disposta a dar o meu melhor. Larguei ritmado como gosto e fui seguindo, meio perdida da minha posição, porque a largada da prova curta foi junto com a dos 21km. Eu sabia que tinha duas meninas na minha frente, mas elas estavam parecendo umas onças…

Fui fazendo a minha prova, meio desajeitada ainda com os bastões de caminhada que decidi levar mais com o intuito de me acostumar melhor com eles, que serão super úteis na minha próxima prova.

Desceu, subiu um pouco, desceu mais um tanto e quando vejo, a Cris Tsukahara me passa numa descida técnica e foge. Vou acompanhando sua camisetinha laranja à distância por um tempão, mas sinto que já estou no meu limiar de esforço e que não tô muito forte pra apertar mais.

Chego em segundo lugar, entre as mulheres, e pego o meu primeiro pódio geral. Segundo lugar, mesmo pra uma prova pequena como a CBO, me orgulha muito. Sinto que será um grande finzinho de ano.

KTR SERRA FINA – 20KM – 24/06/2017

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Quando corri a KTR Serra Fina pela primeira vez em 2015, foi uma grande virada na minha vida de corredora. Fiquei com uma sensação de plenitude em mim por uma semana após o evento. Era essa sensação que eu buscava novamente quando me inscrevi esse ano. Muito mais experiente e em forma, me permiti até buscar alguns objetivos mais altos.

Algumas semanas antes da prova, finalmente saiu o percurso, e foi a primeira decepção, saber que somente o percurso longo passaria pela parte mais linda da região. Em 2015, eu fiz o percurso médio, e ele passou pela crista toda da Serra Fina, foi de cair o queixo de tão lindo. Mas esse ano, o percurso subiria um outro morro, que eu não sei o nome.

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Não que tenha sido uma prova feia, longe disso. Mas não se compara com a beleza dos outros picos. É só ver as fotos do pessoal que fez o percurso longo e chorar de beleza. Invejei. Pelo jeito, vou ter que cair pros 42km ano que vem… Será?

No dia anterior à prova, acabamos pegando um baita trânsito em São Paulo e chegamos em Passa Quatro bem tarde, umas 21:30h. Perdi o congresso técnico, mas retirei o kit. Fomos direto para o restaurante que a organização indicou que ficaria aberto servindo massa até às 23h, mas para nossa grande decepção estava já fechado. Se eu soubesse que não teria onde comer, teria levado comida. ok. O único lugar que achamos mais conveniente, era um restaurante japonês, onde acabei comendo yakissoba. Massa é massa.

Voltamos para a pousada, banho, organizar as coisas para o dia seguinte e tentar dormi.

2017-06-25 22.25.23.jpgChegando na arena da prova, uma outra novidade: o percurso mudou. Não serão mais 24km, não terá o trecho de estradão do meio, terá 20km no total.

Nerd que sou, tinha estudado o percurso km a km, estipulado em quanto tempo faria, planejado a alimentação de acordo…. Mas beleza. De última hora, só tirei um pouco da água do meu reservatório, deixei alguns dos alimentos, e vambora.

A corrida foi basicamente uma subidona só até o topo, por pasto e trilhas, passando por baixo de algumas cercas, e uma descida em parte técnica, parte pasto, parte caminho de vaca e uns 4km finais em estrada de terra e depois asfalto.

Eu larguei forte pra evitar um pouco de fila nas travessias de rio e cerca, mas assim que começou o subidão passei a ir no passinho confortável. Devagar, mais sem parar. Esse era um dos meus objetivos pra essa prova. Não parar nunca. Obviamente, algumas atletas foram me passando, porque fora eu ter largado forte, não tenho feito treino muito específico de alta montanha, então apesar de não me sentir desgastada, o coração batia tão forte que vinha na boca, mesmo no passinho da tartaruga.

19511151_1959025390976305_878419140331748608_n.jpgAlgumas semanas antes da prova, eu havia comprado um par de bastões de trekking e testei em dois treinos em Atibaia, para me auxiliar na subida. Eu ainda não me senti super à vontade com ele, não acho que tenha subido mais rápido por causa dele, mas sei que com certeza ajudou a poupar meus músculos das pernas, pra conseguir correr na descida.

O meu pé/tornozelo tem sentido bastante ultimamente em dias de maior esforço(uma leve fascite plantar), então eu estava me sentindo um pouco insegura nas descidas técnicas, mas mesmo assim eu consegui desenvolver bem e consegui passar umas 3 atletas na parte técnica da descida.

Quando virou estradinha, eu me soltei. Afinal de contas, rodagem é o que eu mais tenho treinado. Me senti bem, apesar de um desconforto que vem se fazendo muito presente nas minhas glândulas salivares – fico quase espumando, cuspindo toda hora. Consegui manter um pace bom e ultrapassar mais 3 mulheres super fortes. Duas delas ficaram na cola e rolou até uma disputinha de gás no final.

Acabei ficando em primeiro lugar na minha categoria e 15o lugar geral feminino. Tinha muita mulher muito forte nessa etapa. Foi bonito de ver.

2017-06-24 16.29.23.jpgPela primeira vez, ganhei um brinde de pódium hehehe. Das outras vezes tinha sido só troféu. Mas prevejo que essa era de prêmios está chegando ao fim, porque ano que vem faço 30 anos, e daí o bicho pega. As mina são brutas demais.

Bom, a prova terminou e eu fiquei com uma sensação muito estranha. Mas muito estranha mesmo. De que não tinha aproveitado muito o percurso, porque eu tava tão concentrada, que nem vi as 04:09min passarem. Lembro que subi, lembro que desci. Depois estrada e cheguei. Nem de longe tive a sensação de superação que senti nas minhas duas últimas KTR’s, o que me fez pensar que talvez eu tenha pegado leve na subida. Mas também, se tivesse pegado pesado, talvez não teria conseguido descer muito bem. São muitos dilemas.

Foi bom, foi difícil, foi satisfatório, mas foi meio vazio… Preciso entender o que se passou pra que eu possa crescer.

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Lobo Adventure Run – 42km Revezamento

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No fim de 2016, o Goes estava agitando de participar da corrida da Lobo Assessoria. É uma corrida de 42km, mas pra um público pequeno. Como seria em Paranapiacaba e teria a opção de revezamento, acabei topando ir pela experiência. Eu nunca tinha participado de uma corrida de revezamento antes. O Goes me encaixou numa equipe feminina com a Ana Carolina, Marina e Shy.

A parte mais doida de uma corrida de revezamento, é a logística de chegar até os pontos de controle e troca de corredor. O Goes definiu a ordem em que correríamos, baseado na especialidade de cada uma. A Ana seria a primeira, depois a Marina pegaria a maior subida, a Shy pegaria o maior estradão, e eu fecharia com o trecho de mais trilha e travessia de rio.

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Antes mesmo da largada da Carol, nós já partimos em direção ao ponto de controle de carro. Todas no mesmo carro. Como o percurso da corrida em si passa por algumas trilhas, acaba que pra chegar de carro fica bem mais longe. Fora que não havia sinalização do caminho, apenas instruções de boca-a-boca. Rolou uma pequena tensão na saída, e rodamos bastante até chegar no local. Por sorte, alguns minutinhos antes da Carol já chegar correndo. O percurso foi mudado no dia da prova por causa da chuva, então o primeiro trecho acabou sendo bem mais curto e fácil do que havíamos previsto. Nem deu tempo direito da Marina se preparar e já teve que sair correndo.

Nem enrolamos e já saímos direto pro próximo ponto de troca. Esperamos um pouco embaixo de Sol, porque o trecho da Marina era o que tinha o pico de subida mais alto e acabou sendo mais demorado um pouco. Nisso, não tínhamos muita noção das colocações. Depois de alguns minutos, chegou a corredora do primeiro quarteto feminino, mas a equipe dela ainda não havia chegado para fazer a troca.

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Por essa questão de logística, quando a Marina chegou e a Shy começou no trecho dela, nós éramos as primeiras colocadas. Novamente, saímos correndo com o carro pra acharmos o PC3. Acabamos saindo praticamente junto com o quarteto masculino amigo e fomos tentando achar o caminho. Chegamos a pegar uma estrada errada, voltamos e acertamos o caminho até o local correto. Lá, acabamos esperando bastante. Porque o terceiro trecho virou um grande percurso se estradão, mais longo que o planejado.

Nessa hora, as borboletas começaram a habitar o meu estômago. A pior parte de corrida de revezamento de montanha, é que muitos imprevistos podem acontecer, então você não tem ideia da hora que vai começar a correr. Fiquei lá me hidratando, comendo umas coisas, mas sem saber muito se seria à toa ou se estava comendo demais. Se estava bebendo muita água e ia acabar precisando parar pra fazer xixi.. enfim… Uma incerteza só.

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A parte boa é que dá pra ir acompanhando e dando apoio aos corredores que estavam fazendo o percurso solo. O Goes era um deles. Passou a Luci, primeira colocada do solo feminino, chegaram alguns atletas de dupla e alguns dos quartetos masculinos.

Algum tempo depois, chegou a Shy em primeiro lugar! Uhuu, que responsa! E ainda a corredora do outro quarteto que estava mais próximo era a Luara, super querida e forte. ia ser um desafio pra mim.

Parti pro meu percurso já dentro de umas trilhas de mountain bike super gostosas. O tempo começou a fechar um pouco e chegou a cair uma garoazinha. Mas perfeito. O percurso seguiu para uma estrada de terra, pra depois cair para outro trecho delicioso de trilha e voltar pra estrada de novo. Nisso, acabei ultrapassando alguns atletas do solo.

Quando passei pela Luci(a primeira colocada do solo), ela estava já sem água. Devido às mudanças no percurso, o terceiro trecho de estradão embaixo de Sol exigiu mais do que ela estava planejada. Parei para dar um pouco da minha água pra ela. Conversamos correndo um pouco e seguimos praticamente juntas até o final.

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A estrada de terra seguiu pra mais um pedaço de trilha, e nela o maior Rio que já atravessei em provas. Não era super largo, mas estava muito cheio. Chegava quase a não dar pé, e devido ao fluxo de atletas, as margens estavam praticamente como lama movediça. Pra sair do Rio, você enfiava uma perna na lama até o joelho e a outra de trás não queria sair. Parecia video-cassetada. Mas parece que me dei bem, porque o staff que estava acompanhando falou que eu fui a segunda melhor pessoa a passar pelo Rio hahaha. Pelo estado em que cheguei na linha de chegada, percebe-se um pouco como realmente estava a lama. Ainda bem que eu não levei o celular, porque a Luci acabou afogando o dela, se tão alto que estava o Rio.

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Realmente, fomos as primeiras colocadas dessa provinha bem amigável. Eu amei o meu percurso. Acho que deu uns 11km só, mas foi bem gostoso. Não sei se iria pra outras provas de revezamento, pela trabalheira de logística. Mas valeu muito a experiência e fazer parte de uma equipe de minas tão fortes!

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A Rainha da Montanha – 14,6km 18/09/2016

 

Estamos em Setembro, e essa foi a minha primeira prova do ano. Eu vinha de um longo período sem correr, em decorrência de uma última prova muito mal executada, em Dezembro, uma tendinite no adutor direito, sessões de fisioterapia, uma certa crise com a corrida e finalmente uma cirurgia de desvio de septo, que me impossibilitou de praticar atividade física por mais 20 dias.

Eu continuei a praticar Sanda quase todos os dias, mas estava desanimada pra correr. Não conseguia seguir a planilha de treino direito e estava um tanto desleixada com a alimentação, tanto que engordei 2kg, coisa que não acontecia há 3 anos. Desde o meu emagrecimento, eu venho mantendo meu peso, com algumas variações pra baixo.

Como sempre, a balança acaba sendo um alerta de que algo não está nos eixos. “Preciso me inscrever em uma prova”.

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Dentre tantas as opções, escolhi a prova que foi a minha primeira de Montanha. Sabendo que ela é bem mais tranquila do que as provas casca grossas que eu vinha enfrentando no passado, seria uma ótima escolha pra marcar o meu retorno. Eu definitivamente prefiro corrida com muito single track em mata fechada, mas sou muito realista e quis começar mais tranquila. Tanto que me inscrevi no percurso de 14km, e não no meu preferido de 21km.

Mas quando se tem Ultra Goes de treinador, nada é tranquilo… Eu achava que não tava pronta pra correr 21km, quando ele me manda fazer um treino com muita altimetria, de 2:40h de duração, algumas semanas antes da competição. Quando olhei a planilha, dei uma gargalhada e achei que só podia ser erro de digitação. Pois fiz esse treino subindo a Rua do Matão 7 vezes, na semana seguinte foi um treino um pouco mais curto, de 2:20h mas subindo 9 vezes. Foi deliciosamente sofrido. Mas tanto, que quando alinhei na largada da Rainha pra fazer 14,6km, a sensação era de que eu tiraria de letra. O psicológico é mesmo o maior fator de um desafio desses.

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Eu fui bem nerd nessa preparação. Vi os resultados do ano anterior e estudei bem o percurso. Baseado nos meus treinos de altimetria, estipulei o pace que eu conseguiria fazer em cada trecho de 2,5km de prova e os escrevi no meu braço, pra ir me guiando. Meu maior objetivo era terminar a prova com menos de 1:35h, com o sonho de fechar com 1:32 escrito no braço.

Alguns dias antes, marquei com minha amiga-bruxinha Maiz de fazer uma liberação dos músculos com massagem, acupuntura e ventosas. Ficamos duas horas soltando minhas pernas travadas dos treinos. Doeu bastante, mas parecia que eu estava flutuando depois do tratamento. Com certeza me ajudou muito.

Nunca fiz tanta força em uma prova. Sentia o coração na boca em alguns momentos, e me concentrei muito na minha respiração. Me senti em meditação durante vários trechos, tão grande era a concentração. A cada marca de 2,5km que passava, e eu conseguia alcançar a meta, era uma pequena vitória e um grande incentivo pra continuar fazendo força.

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Foi perfeito. Saiu tudo conforme o planejado. Toda a dedicação valeu a pena. Aprendi muito com essa prova, e saí de lá uma mulher muito mais experiente. Ah… consegui fechar com 1:32:24 😀

Quando fiz a KTR Campos ano passado, eu sonhava em ser TOP10 na categoria. Fiquei em quinto lugar e super feliz com o feito. Na competição seguinte, em Botucatu, fiz uma prova terrível, mas mesmo assim consegui ficar na quarta colocação na categoria. Agora, pra Rainha da Montanha, eu sonhei em ficar em terceiro lugar. Pra minha grande surpresa, acabei em primeiro na categoria e no TOP10 geral, com mulheres muito fortes e preparadas ao meu redor.

Goes foi rei na companhia e preparação, fora a confiança que ele me passou de que eu conseguiria meu objetivo… Também fiquei muito feliz de ter levado a Ana pra sua primeira prova de corrida, e ser logo de montanha! Foi muito bom ter a presença dessa amiga tão querida nessa mini-viagem. Tomara que ela se anime e continue correndo!

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Ultra da Cuesta – Botucatu – 16km – 5/12/2015

Aceitei fazer essa prova porque achei que seria fácil, confesso. Seee não estivesse uma sensação términa de quarenta graus… seeeee eu não tivesse ido no mesmo dia, de ônibus… seee a largada não fosse às 15h da tarde… seeee eu treinasse alguma vez correr no calor, quem sabe essa prova não teria sido fácil?

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Eu fui na aventura de sair às 8h de São Paulo, pra chegar 11:30 em Botucatu, pegar um taxi até o centro, almoçar, caminhar até a retirada do kit, me trocar por lá, achar alguém que estivesse indo pra arena pra pegar uma carona e finalmente me preparar.

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A previsão era de que iria chover de tarde. Pela foto abaixo, dá pra ver a reviravolta que o tempo deu. Eu nunca passei tão mal de calor. Nos pontos de hidratação eu jogava 3 copos de água na cabeça, e me molhava a cada riacho.

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Tive que parar pra pressão voltar ao normal algumas vezes. Caminhei em trechos que jamais caminharia sob outras circunstâncias, não consegui desenvolver na descida como sempre faço. Enfim.. um fiasco. Fiquei bem decepcionada comigo, na chegada. Eu tinha planejado fazer em 1:53min, cheguei com 2:13. Vinte minutos depois. Fiquei passando mal uma meia hora, deitada. Sem vontade de fazer nada e com vontade de vomitar, até encontrar novamente o Goes e tentar entender tudo o que rolou de errado, tirando ter ido com o tênis pesado porque achei que ia rolar lama da chuva que virou lenda.

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Chegamos à conclusão de que eu devia ter me preparado pra essa prova em específico, correndo durando sol quente etc. Fora que eu comecei a fazer Sandá(Tipo um muay thai, só que chinês), e os estímulos são muito diferentes. Talvez eu não tenha me adaptado ainda.

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Quando começou a premiação do pódio, eu finalmente juntei energias pra ir ver como foi a minha colocação final. Tomei um baita susto ao ver que Fui a quarta colocada na minha categoria. Se eu tivesse conseguido chegar 4 minutos antes, rolaria pódio. Que mistura de sensações. Talvez todo mundo tenha sofrido tanto quanto eu.

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A maior lição que ficou foi: Vou montar o meu calendário de provas de 2016 já e treinar especificamente para cada prova. Só assim eu vou me sentir preparada pros desafios de verdade.

Circuito das Serras – São Francisco Xavier – 12km, 18/Outubro/2015

2015-10-22 13.34.04Eu estava sem provas planejadas, e a Lygia veio empolgada dizer que estava pensando em voltar pras corridas de trilha no Circuito das Serras. Cidade linda, prova com preço justo, boa desculpa pra pegar uma casinha bacana e descansar no fim de semana. Obviamente topei acompanhá-la.2015-10-18 22.31.02

O clima estava perfeito pra mim. Tinha feito sol a semana toda, mas na noite anterior choveu um pouco e ficou um pouco de neblina. Perfeito mesmo. Sem poeira e sem lama. Sem Sol fritando. Do jeito que eu amo.

A Ly teve uma série de “lesões” durante os últimos meses, e ficou um bom tempo sem correr. Ela se preparou como pôde, mas pegou uma congestão nasal pesada no dia anterior. Como eu tinha ido mesmo era pra acompanhá-la, fomos assim.. parando de tempos em tempos, indo em um ritmo mais tranquilo. A minha intenção era mesmo curtir o percurso, mas a Ly tava tão mal, que eu tava mais preocupada que tudo acabasse logo pra ela se sentir orgulhosa de terminar a prova, mesmo sem conseguir respirar direito. Eu não sei se teria conseguido, mas ela fez!

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Nas descidas e planos, até que conseguimos desenvolver bem, mais pro meio da prova. Fizemos pace abaixo de 6′ por vários trechos. Eu tava realmente admirada e me diverti bastante nesses trechos. É muito mais divertido correr junto com alguém nessas estradinhas entediantes. Por mais que não se converse. Tem alguma coisa no fato de correr sincronizado com alguém, que torna essa atividade mágica. É tipo aquela coisa que dizem de que quando mais de uma pessoa está reunida, deus está presente. Em um contexto diferente, eu acredito nisso. Principalmente quando você vê uma apresentação de dança, por exemplo. Por mais simples que sejam os passos, se tem 10 pessoas fazendo sincronizado, rola uma mágica. Essa sensação é linda.

2015-10-18 11.44.22-1Amei correr essa prova. Amei muito São Francisco Xavier e a casa maravilhosa que a gente pegou pelo AirBNB.Amei o gatinho e os cachorros que moravam na propriedade. Amei a companhia da Lygia e do Glauber. Amei a camiseta da prova. Tudo maravilhoso. Agora fiquei com vontade de correr as outras etapas do circuito. A próxima é em Paranapiacaba, dá pra fazer bate-volta e a chance de neblina é sempre alta por lá. Vamos ver ❤

O tombo – Meus primeiros pontos

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Uma semana após a KTR, eu saí de casa em um dia delicioso e fresquinho pra fazer meu longo. Moro muito perto da USP, então já saio correndo de casa, e 600 metros depois eu já estão na Rua do Matão, ladeirinha preferida de treino. Como ela é a rua mais íngrime da USP, não é muito comum ver os corredores de rua treinando nela. Eles preferem a rua da raia, ou dar a volta pelas ladeiras mais longas. Mas nesse dia estava tendo algum evento das assessorias, e tinha muita gente subindo a rua enquanto eu descia em direção ao bosque.

Eu estava achando aquilo muito estranho, e acabei me distraindo, tropeçando em um desnível da calçada de blocos de concreto, e não teve jeito: Fui caindo por alguns bons metros ajudada pela velocidade e gravidade. Foi ridículo, e com uma platéia considerável.

Na hora, vi que tinha perdido um pedaço da pele, mas como o corpo tava quente, apesar do sangue escorrendo eu ainda achava que não era nada demais. O treino estava uma delícia, mas não teve como, tive que voltar pra casa. Na subida de volta, pedi água pra uma das assessorias pra jogar um pouco e fui trotando pra casa, segurando a camiseta pra não encostar. Começava a arder de verdade.

Chegando em casa, o Glauber já ficou meio apavorado…hehehe Fui tomar um banho pra limpar um pouco, e conforme os minutos iam passando, fui me convencendo que era melhor buscar alguma ajuda. fiz esse curativo aí da foto só pra segurar um pouco o sangue. Passamos numa farmácia pra pedir opinião, e foi em uníssolo a conclusão dos 3 farmaceuticos atrás do balcão: Vai ter que levar ponto, vai pro Pronto de Socorro agora!

Lá se vai uma manhã de Sábado.

Por sorte, o PS estava meio vazio e como eu precisava ser atendida com certa urgência, me passaram na frente. Nem cheguei a sentar nas cadeiras. A menina da triagem já me levou direto pra salinha de sutura enquanto o Glauber fazia meu check in.

Anestesia local, as enfermeiras me perguntando se eu tinha caído de bicicleta, e ninguém entendeu como eu consegui fazer aquilo a pé e sem ser atropelada… 3 pontos depois, remédios pra inflamação e dor e uma sensação horrível de que aquilo parecia pré-destinado a acontecer.

Que lugarzinho horrível pra se machucar. Eu nunca tinha parado pra pensar que qualquer movimento que fazemos, a pele da barriga é repuxada. Não consegui usar roupa por cima da ferida por uma boa semana. Fiquei andando com a pança de fora pra todo lado. Menos no hospital(minha mãe ainda estava internada). O que, aliás, fez meu machucado dar uma boa inflamada, porque eu não podia ficar andando com a ferida aberta por lá.

Só consegui voltar a correr, umas duas semanas depois da queda.

O que aprendi com isso tudo: preciso aprender a cair.

KTR Campos – 8 de Agosto de 2015 – 21km,

Cerca de quatro dias antes da prova, minha mãe me convenceu de que era melhor eu desistir e ficar aqui em São Paulo por perto dela mesmo(Ela está hospitalizada desde o dia 5 de Julho) Avisei ao Goes que não iria mais, falei pra nutri desencanar de me mandar o plano alimentar e me conformei.

Mas, faltando dois dias pra corrida, o meu irmão ficou sabendo disso e me fez voltar atrás! Ele sempre foi skatista e surfista e teve que lidar com o preconceito da minha mãe com esportes durante toda sua vida. Isso é tão ridículo, né? Ele nunca teve apoio e suporte pra nada nesse quesito e eu nunca percebi isso até finalmente descobrir um esporte que eu amava. Pra minha sorte, eu já não dependia da minha mãe me apoiar, mas imagino como deve ter sido difícil pra ele.

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Com isso, ele foi uma rocha pra mim. Eu confesso que estava me apoiando um pouco na cara de choro da minha mãe pedindo pra eu não ir pra prova, mas no fundo eu estava também morrendo de medo de não dar conta do desafio. Não consegui treinar nem 40% do que deveria no mês anterior, tinha parado de fazer musculação com a confusão das idas ao hospital, e minha alimentação tinha dado uma boa desandada comendo no refeitório do hospital por tantos dias e me sentindo triste e aflita em tantos momentos.

Eu fiz a KTR Serra Fina no começo do ano, e a certeza pra versão Campos do Jordão era só uma: Não ia ser NADA fácil.

Acabei indo pra Campos do Jordão na noite anterior à largada. Retirei o kit meia hora antes de acabar a entrega, tive que jantar depois das 23h, na primeira cantina que vimos pelo caminho e comi completamente fora do que era pra ter comido. Não consegui nem comprar água mineral pra levar na mochila, nem preparar lanchinhos de pré-treino

Só fomos chegar na pousada pra dormir quase 2 da manhã. Acordei um pouco ansiosa mas relativamente tranquila. Fomos ver o que tinha no Café da manhã da pousada, mas tive que me contentar com umas batatas assadas que eu tinha conseguido levar, uma banana e suco. Terrível, perto do meu planejamento alimentar normal. Acabei tendo que encher meu reservatório com água da pia da pousada e fomos.

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Chegamos com antecedência na arena de largada. Revolvi comprar uma meia da Kailash, que troquei na hora, e acabei me enrolando conversando sobre o percurso com o Thiago, e quando vi faltava 10 minutos. Comi mais um pouco de batata, tomei meus suplementos, esqueci de tomar suco com proteína que deveria, separei meus géis e fui alinhar.

Todo mundo já estava posicionado e eu me arrumando ainda. Não me aqueci, não me posicionei como gostaria, pra evitar trânsitos iniciais. Dei o primeiro gole na água do reservatório e me arrependi profundamente de não ter provado a água da pia antes de usá-la. O gosto de ferro do cano era muito forte, mas nem lamentei muito pois sabia que teria que passar as próximas 5 horas tomando ela.

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Passados os primeiros quilômetros de confusão e trânsito, quando a gente começa a se encaixar nos paces,  já me juntei à Giovana da TRB, que estava descendo no mesmo ritmo que eu e fomos juntas por muito tempo. Me joguei bastante na descida. Talvez eu devesse ter me segurado um pouco pra poupar energia, mas eu queria aproveitar a diversão e o momento. Numa corrida dessa, a gente nunca sabe o que pode acontecer. Aprendi muito a viver o instante e correr como o meu corpo está pedindo no momento. Me segurar pra poupar podia sair caro se eu me cansasse de qualquer maneira pra frente e não tivesse ganhado aqueles minutos iniciais. Eu nunca tropecei, caí, levei galho na cara e desequilibrei tanto quanto nessa prova.

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Em certo momento a Giovana me disse que eu estava descendo muito bem. Fiquei feliz e falei que ela também, mas fui muito beginner de não saber que ela é MUITO forte e experiente, já fez a Maratona dos Perdidos e muitas outras. Na próxima, só agradeço humildemente. Eu não tinha noção mesmo em que posição nós estávamos e o quão boa ela era. Minha ideia era me divertir e me testar. Com tudo que tinha acontecido no mês anterior, era o mínimo que eu podia fazer. Não queria simplesmente ficar presa como fiz em outras provas. Queria me testar pra valer. Fomos ultrapassando muitas pessoas na descida. Muitos homens fortes, inclusive. Entre eles, percebi que alguns não ficavam muito felizes de ver mulheres passando. Um deles ficou me ignorando quando eu pedi 3 vezes pra ele abrir passagem. Tive que lembrá-lo que nós não éramos nem da mesma categoria, pra ele abrir mão e dar um passinho pro lado. Trilha fechada tem dessas. Mais uma vez, foi ótimo estar com a Giovana, porque ela ia me ajudando a pedir passagem.2015-08-10 08.59.17

Quando a descida estava chegando ao fim, fui me dando conta do erro de ter trocado de meia sem passar mais vaselina nos pés. A meia nova era um pouquinho mais grossa do que a minha anterior, e a falta de vaselina fez meus dedinhos criarem bolhas e as bolhas se transformarem em bolhas de sangue. A dor era grande e tive que começar a diminuir o ritmo. As pernas também começaram a dar sinal de fadiga e tive que diminuir o intervalo entre os géis pra não me sentir exausta.

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Terminamos o trecho de descida de 15km com 2:05hs de prova, mal sabia eu o que ainda me esperava nos últimos 6km de subida extremamente técnica e pesada com um Sol muito quente na cabeça. Era escalada que não tinha fim. Sofri bastante, todos ao meu redor estavam sofrendo muito. Mas fomos indo, sobe um pouquinho, finge que tá admirando a paisagem pra descansar mais um tanto e prossegue. Pára pra esticar a perna do colega com cãimbra, dá água pra um outro que estava desesperado sofrendo, se preocupa com outros tantos que vão ficando pelo caminho… Lembrando que a KTR é uma prova de auto-suficiência. Não há postos de hidratação nem apoio.

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Tinha hora que eu olhava pro relógio e os quilômetros não passavam de jeito nenhum. O pace chegava a ultrapassar os 30min por Km, em certos momentos. Encontrei o João, companheiro de Equipiazza que eu ainda não conhecia e fomos juntos por mais alguns momentos. Nessa hora, a Giovana já tinha ido embora. Eu sentia bastante a altitude também. meu coração ia na boca. Eu tinha que parar muitas vezes pra baixar os batimentos.

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Quase chorei ao ver que no fim da subida tinha mais uma subida. No fim dela, já conseguíamos avistar a arena e ouvir a Fabiana narrando as pessoas chegando. Nesse momento eu tinha me destacado um pouco do pessoal que estava comigo, e me vi sozinha cruzando o espigão final. Quando ouço um grito ao longe: “PRISCILA!”. Meu coração foi na boca de novo, mas dessa vez de emoção. Os olhos encheram de lágrimas ao ver o Glauber balançando os braços pra mim. Eu estava finalmente chegando. Fui com minhas últimas energias em mais uma subidinha até a reta final e comecei a chorar de verdade quando ultrapassei o pórtico. Eu nunca imaginei que uma medalha fosse realmente significar algo pra mim.

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Essa prova deixou uma marca enorme no meu coração e me emociono só de lembrar a sensação. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Ninguém é capaz de sentir o que o outro está passando. Só eu sei o que foi pra mim, mas eu não teria conseguido sem a força que o meu companheiro de vida @glauberkotaki me deu, sem paciência meu treinador @ultragoes em adaptar meus treinos quase que diariamente nesse mês, quando eu não consegui seguir planilha alguma, e por ter me dado tantas dicas nos treinos que fizemos juntos. Não teria conseguido também sem a minha nutri @alinekassahara_nutri que criou meu plano pra prova em cima da hora e por ter me ajudado tanto a mudar o funcionamento do meu corpo. Mas não teria conseguido mesmo sem as palavras de incentivo do meu irmão, com sua insistência pra que eu fosse pra prova.

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Inacreditavelmente, eu fui a 14a mulher a chegar, Com 5:05min. Ficando em quinto lugar na minha categoria. Há alguns meses eu sonhava em ser TOP10 na categoria, esse resultado foi enorme pra mim.

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Só tenho uma palavra pra esse dia: Emocionante.

Treino no Pico do Jaraguá 31/08 – uns 11km

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Julho e Agosto cadê? Estou escrevendo esse post quase em Setembro, mas esse treino foi no finzinho de Julho. Minha mãe foi internada no hospital no dia 5 de Julho e teve uma série de complicações. Decidi acompanhá-la bem de perto e passei pelo menos 4 dias por semana ao lado dela. Com isso, quase não consegui treinar nesses meses, minha alimentação deu uma desandada e por consequência, o meu desempenho também.

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Mas isso não mudava em nada o fato de eu estar inscrita pra KTR Campos no dia 8 de Agosto. Então eu precisava treinar o mínimo possível, pelo menos.

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Corredor amador que tem treinador dedicado e compreensivo tem tudo. O Goes me levou pra fazer um treino técnico no Pico do Jaraguá. Nós fomos de carro até lá no pé da escadaria, descemos a trilha do Pai Zé, incluindo a descida de paralelepipedo no final, subimos tudo de volta, subimos as escadarias até a antena, descemos e repetimos. Deve ter dado uns 11kms, mas bastante técnicos. Me senti bem cansada e um pouco despreparada. O que me deu um certo medo de ir pra prova na semana seguinte.

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A Trilha do Pai Zé tem uns trechos bem técnicos, apesar de ser curta. Gostei bastante do percurso. Minha parte preferida é a de descidinha com terreno mais batidinho ❤ Muita diversão. Mil coisas estavam passando na minha mente nessa fase, e a incerteza de me arriscar na KTR duríssima só aumentava com a minha mãe me pedindo pra não ir.

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Treino técnico em Paranapiacaba – 17.6km

Eu e Vivi nos encontramos no Sábado, às 7hs, na casa do Goes(meu novo ultra treinador) e partimos pra encontrar o Ken já na Vila! Chegando lá, montamos nossos equipamentos, pegamos água na bica e saímos trotando estradas a fora.
2015-07-04 09.35.24Além do trem e das casinhas de madeira, Paranapiacaba é famosa pela neblina, garoa e frio. Eu só tinha ido pra lá pra passear, mas gostei bastante de treinar nas trilhas. Tem partes de terreno bem técnicas e algumas estradinhas de terra batida. Mas com chuva e neblina, até asfalto fica emocionante, então foi parque de diversão total.
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O treino acabou durando mais de 3 horas porque fomos parando pra tirar foto, caminhar e falar bastante sobre maneiras de otimizar nossas técnicas. “Usa os braços, Pri!” foi a frase que o Goes deve ter mais falado naquele dia hahaha
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Aprendi a ritmar a respiração: comecei com a negação, achando que era impossível, porque na yoga eu me acostumei a fazer uma respiração longa e tranquila que venho usando na corrida com bastante conforto. Mas eu sempre notei que em subidas mais íngrimes ou quando aperto o ritmo, falta um pouco de cadência. Abri um pouco a mente e entendi que não preciso respirar no ritmo do outro. Posso continuar no meu ritmo mais profundo, mas posso sincronizar com as passadas e com os braços. No final dos 17km, fui lado a lado com o Goes só me concentrando nisso, e parecia que eu nem estava me esforçando. Foi muito gostoso!

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Eu já venho trabalhando na minha descida há um tempo, mas ainda preciso perder mais o medo. Ele me falou de umas técnicas de queda. De repente, se eu aprender a cair, vou ter menos medo de me jogar.

Nas subidas, aprendi a importância de usar os braços mesmo enquanto estiver caminhando. Esse foi o maior foco do dia. Não largar os braços e minhas mãos moles de t-rex.

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Tronco: Eu tinha parado de inclinar o tronco pra frente, mas o Goes me falou o quanto isso comprime as vértebras, e na hora me deu o clique: é por isso que eu sempre sinto um desconforto na lombar depois de corridas longas. Costumo correr meio “sentada”, com a coluna muito reta. Uma leve inclinação dá a direção e alonga a coluna, deixando a gravidade ajudar um pouco mais.
2015-07-06 13.42.48Depois do treino, voltamos ensopados pro vilarejo coberto por neblina. Foi muito emocionante! Arrumamos um buteco pra nos trocar, comer e tomar uma cerveja antes de voltar pra São Paulo! Yay!